html> Revista Zingu! - arquivo. Novo endereço: www.revistazingu.net
Musas Eternas...
PORQUE O QUE É BOM, É ETERNO...

Denise Dumont

Por Matheus Trunk

Um dos grandes nomes do cinema nacional na primeira metade dos anos 80, Denise Dumont foi uma atriz fetiche e uma verdadeira sex simbol do público masculino de sua época.

Denise Bittencourt Teixeira nasceu em 1955, no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira artística na novela “Semideus”, de Janete Clair na Rede Globo. Ela fazia uma ponta, porém já roubava a atenção dos espectadores.

O pai de Denise, o compositor Humberto Teixeira (parceiro de Luiz Gonzaga em canções como “Asa Branca”, “Baião” entre outras) era contrário ao ingresso de sua filha nas artes cênicas. Por isso mesmo, proibiu ela de usar o sobrenome verdadeiro no meio artístico.

Daniel Filho e Walter Avancini foram os responsáveis por elaborar o pseudônimo da musa, dando a ela o pseudônimo de Denise Dumont, por qual ela ficou conhecida.

Para conseguir realizar seu sonho de atriz, a moça foi estudar arte dramática na New York University e no Actor´s Studio, se dedicando verdadeiramente a nova profissão.

Voltando ao Brasil, continuou fazendo diversas novelas. Mas foi pela novelinha “Marina” (1980), na qual fez a personagem título que se tornou conhecida nacionalmente.

A estréia no cinema tinha de ser feita logo. Isso aconteceu no filme policial “Terror e Êxtase” de Antônio Calmon pelo qual Denise chegou a ser premiada. Um de seus grandes trabalhos cinematográficos nessa fase foi “Eros, o Deus do Amor” do diretor paulista Walter Hugo Khouri pelo qual interpreta a personagem Ana, fixação amorosa do personagem Marcelo (Roberto Maya).

Após a estréia no meio do cinema, a moça foi capa de diversas revistas masculinas mas continuando seu trabalho na Rede Globo, embora o foco de sua carreira tenha sido mesmo o cinema.

Mais uma vez seu porte sensual e de mulher fatal se fez presente em trabalhos como “Filhos e Amantes” e “Rio Babilônia”. Neste último, Denise participa da famosa e polêmica cena da transa na piscina, que ficou marcada em toda sua filmografia.

Também esteve presente em trabalhos mais suaves e mesmo cômicos. São marcas desta faceta da atriz sua presença em produções como “Os Vagabundos Trapalhões” de J.B. Tanko; no comovente “Bar Esperança” de Hugo Carvana ou mesmo em “Jorge, Um Brasileiro” de Paulo Thiago.

Com a grande repercussão internacional de “O Beijo da Mulher Aranha” de Hector Babenco, a musa vai em busca da carreira feita fora do Brasil. Consegue um papel de destaque no filme “A Era do Rádio” de Woody Allen fazendo uma personagem latina, lembrando a cantora brasileira Carmen Miranda.

Casando-se com o produtor norte-americano Matthew Chapman, Denise se radica nos Estados Unidos, onde consegue atuar em algumas fitas sem a mesma repercussão feita no Brasil. Atualmente, ela se dedica a produção de um documentário sobre seu pai.

Essa fuga para o mercado exterior tirou de nós brasileiros, uma musa cujo brilho, beleza e talento está marcada em todos os trabalhos que realizou em sua terra natal.




<< Capa